[Experiência de leitura] A Casa do Céu

Autor: Amanda Lindhout e Sara Corbett
Ano: 2013
Páginas: 448
Editora: Novo Conceito
Pontuação: 

"Quando criança, Amanda escapava de um lar violento folheando as páginas da revista National Geographic e imaginando-se em lugares exóticos.
Aos dezenove anos, trabalhando como garçonete, ela começou a economizar o dinheiro das gorjetas para viajar pelo mundo.
Na tentativa de compreendê-lo e dar sentido à vida, viajou como mochileira pela América Latina, Laos, Bangladesh e Índia. Encorajada por suas experiências, acabou indo também ao Sudão, Síria e Paquistão. Em países castigados pela guerra, como o Afeganistão e o Iraque, ela iniciou uma carreira como repórter de televisão. Até que, em agosto de 2008, viajou para a Somália — “o país mais perigoso do mundo”. No quarto dia, ela foi sequestrada por um grupo de homens mascarados em uma estrada de terra.
Mantida em cativeiro por 460 dias, Amanda converteu-se ao islamismo como tática de sobrevivência, recebeu “lições sobre como ser uma boa esposa” e se arriscou em uma fuga audaciosa. Ocupando uma série de casas abandonadas no meio do deserto, ela sobreviveu através de suas lembranças — cada um dos detalhes do mundo em que vivia antes do cativeiro —, arquitetando estratégias, criando forças e esperança. Nos momentos de maior desespero, ela visitava uma casa no céu, muito acima da mulher aprisionada com correntes, no escuro e que sofria com as torturas que lhe eram impostas.
De maneira vívida e cheia de suspense, escrito como um excepcional romance, "A Casa do Céu" é a história íntima e dramática de uma jovem intrépida e de sua busca por compaixão em meio a uma adversidade inimaginável."

A história narra desde a infância até a vida adulta da Amanda Lindhout. Uma infância conturbada e cheia de dramas, onde o pai assume que é gay e a mãe acaba se juntando com Russel que é mais novo que ela e com problemas alcoólicos e também é violento.

Aos dezenove anos ela se muda para Calgary e encontra um trabalho servindo drinks, o que não era exatamente o que ela queria, mas ela conseguiu ganhar uma boa grana. O namorado Jamie não ficou deslumbrado com a ideia, mas acabou aceitando.

Ela tinha vontade de conhecer o mundo e com o término do namoro ela começou a fazer algumas viagens e escrever sobre suas aventuras, por fim ela se torna uma freelancer da TV Irania Press e eis que a tragédia acontece, ela e o fotografo Nigel Brennan são sequestrados na Somália onde eles ficam em um cativeiro por 460 dias.

O que torna o livro especial é que a própria Amanda narra o livro, então a descrição das coisas e dos acontecimentos são fieis e trazem uma emoção. Vários momentos fiquei super aflita e tive que parar a leitura para dar uma arejada na cabeça, não é uma leitura fácil, apesar  da escrita fluir muito bem, mas a densidade dos acontecimentos muitas vezes me impediu de seguir a leitura.

É uma história de vida que nunca tinha visto igual e ler sabendo que tudo aquilo aconteceu de verdade com a autora torna a história mais pesada ainda. Se eu soubesse que seria tão denso eu teria deixado para ler em outra época da minha vida, o momento que li o livro eu estava passando por umas coisas tristes e eu acabei entrando em um processo mais puxado ainda. Demorei com a resenha dele justamente por isso, precisava digerir várias coisas antes.

É um livro super recomendado, mas vá com atenção hehehe.